A presente nota técnica é resultado de um estudo transversal de análise das desigualdades de gênero e raça/cor na Força de Trabalho em Saúde (FTS) brasileira.
Esse estudo foi realizado a partir de análise estatística descritiva de dados da Amostra do Censo Demográfico do IBGE de 2010, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE do 3º trimestre de 2022 e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego dos anos de 2010 e de 2021.
Principais Resultados
● A Força de Trabalho em Saúde cresceu em mais de 60% nos últimos 13 anos, passando de 6,2 para 10,1 milhões de pessoas ocupadas e ampliando a participação das atividades do Macrossetor Saúde em relação ao total da economia;
● A tendência de feminização da FTS continuou, consolidando a predominância feminina no setor. No total do Macrossetor Saúde, a participação feminina passou de 64,5% para 68,3% entre 2010 e 2022, acima do observado na população brasileira;
● A população negra aumentou sua participação na FTS, embora ainda menor do que na população brasileira, com mais resiliência em alguns setores e para algumas profissões e ocupações, como medicina e odontologia.
● As desigualdades de remuneração segundo gênero e raça na FTS apresentaram pequena redução, mas com a manutenção dos homens brancos sendo os mais bem remunerados em praticamente todas as profissões e ocupações.