Programa finalizado com sucesso em 9 de novembro de 2023 e certificado a participantes que concluíram ao menos 70% das atividades propostas. Atestamos a emissão de certificado e declaração de conclusão do curso em conformidade com as informações descritas abaixo.
A Plataforma Região e Redes tem o orgulho de apresentar o Programa Avançado em Direitos Humanos e Saúde para Mulheres e Meninas. Este programa inovador marca o décimo aniversário de nossa rede de pesquisa, oferecendo conhecimento avançado, pesquisa de ponta e uma plataforma para a troca de experiências e práticas exemplares na interseção entre Direitos Humanos e Saúde de Mulheres e Meninas (DHSMM).
O Brasil enfrenta desafios significativos relacionados à violação dos direitos humanos. As políticas ineficazes e um sistema de proteção frágil às vítimas são preocupações centrais. Questões de desigualdade de gênero limitam o acesso das mulheres e meninas à saúde, especialmente em serviços de saúde reprodutiva e ginecológica. Além disso, mulheres e meninas negras e indígenas enfrentam desafios adicionais, como discriminação racial e econômica.
Profissionais de saúde desempenham um papel vital na defesa dos direitos humanos e na orientação de usuários do sistema de saúde cujos direitos possam estar sendo negligenciados ou violados.
Sabemos que o entendimento sobre a interação entre saúde e direitos humanos ainda é limitado no país, em grande parte devido à ausência deste tema nos currículos acadêmicos e à falta de educadores qualificados. Nosso programa busca abordar essa lacuna, reunindo especialistas das áreas de saúde, educação, direito, políticas públicas, sociologia, economia e movimentos sociais.
A educação profissional de alta qualidade é fundamental na luta contra as desigualdades que impactam a saúde da população, além de ser essencial para formar líderes e capacitar os profissionais da saúde para proteger os direitos dos usuários do sistema de saúde e de suas comunidades
Ao final da qualificação, um certificado do curso será emitido a quem participar de 70% das atividades propostas.
Aprendizado virtual
Escolhemos o formato virtual porque amplia as possibilidades de participação de pessoas e equipes. Acreditamos que este legado dos últimos anos não pode ser menosprezado quanto à sua capacidade de inclusão no conhecimento. Existem várias maneiras de complementar a formação das pessoas por meio do uso cursos virtuais. Porém, é preciso garantir:
- Investimento em infraestrutura: é necessário garantir acesso a computadores e à internet de alta velocidade para aproveitar ao máximo os recursos educacionais disponibilizados.
- Conteúdo educacional de qualidade: disponibilização de conteúdos atrativos, fácil de usar e adequado às necessidades dos estudantes e profissionais.
- Inclusão digital: é importante garantir o acesso a plataformas educacionais gratuitas para trabalhadores que vivem em áreas remotas e carentes tenham acesso à educação digital e sejam integrados em ambientesde saberes compartilhado de educação permanente.
- Personalização: o diálogo entre academia e serviços de saúde é uma excelente maneira para engajar e motivar profissionais a se qualificar.
A Plataforma Região e Redes se compromete com a disponibilidade de recursos humanos de alto nível, tecnologia de ponta para facilitar o aprendizado e ferramentas de fácil acesso aos conteúdos e debates.
Nossa capilaridade permitirá alcançar equipes de saúde e profissionais em comunidades, territórios e regiões distantes dos grandes centros, promovendo maior inclusão, diversidade e integração entre os participantes. Isso possibilita a criação de uma rede nacional de troca de experiências e saberes práticos. As aulas serão ao vivo, com abertura à participação dos estudantes e, de forma pioneira, serão disponibilizadas salas com recursos avanços para reuniões sob demanda organizadas pelos participantes inscritos no curso.
Ambientes de aprendizado virtual ajudam a estabelecer e manter relações de colaboração científica e práticas entre universidades e instituições de saúde, contribuindo para o avanço do sistema público e a promoção de pesquisas e atividades multidisciplinares.
O curso foi certificado, gratuito, com aulas semanais, de março a novembro, num total de 108 horas.
Desafios e soluções
Os trabalhadores da saúde, especialmente aqueles envolvidos no cuidado direto aos pacientes, necessitam de oportunidades e tempo para investir nos cursos de atualização disponíveis. A educação é essencial para o desenvolvimento de habilidades e competências e lidar com temas complexos. Com frequência, há desafios que dificultam a participação em programas de qualificação. Por isso, esperamos contar com a mobilização dos gestores para enfrentar três barreiras:
- Falta de tempo: Os trabalhadores da saúde costumam ter cargas de trabalho intensas e falta tempo para se dedicar a estudos. Por isso, é importante que os profissionais e suas equipes possam realizar essas atividades no local de trabalho, em salas específicas para o aprendizado virtual, sem onerar individualmente o trabalhador.
- Falta de recursos: A falta de recursos financeiros e infraestrutura podem impedir o acesso a programas de qualificação. Por isso, a infraestrutura com internet e computadores, prioritariamente, deve ser disponibilizado pelas secretarias de saúde ou autoridades responsáveis para facilitar e viabilizar a participação no programa.
- Falta de incentivo: Muitas vezes, os profissionais de saúde não são incentivados a buscar educação continuada e comumente não há sistemas para reconhecer e recompensar aqueles que o fazem. Por isso, incentivamos que os trabalhadores que desejarem buscar conhecimento, tenham apoio de seus gestores e suas horas investidas nesse programa de qualificação sejam contabilizadas como atividade profissional, sem que haja prejuízo ao participante. Quando necessário, as pessoas inscritas poderão solicitar o documento de confirmação de matrícula para comprovar a participação.
Programação
Em 2023, a Plataforma Região e Redes renovou o seu propósito de contribuir com a universalização da saúde de qualidade no Brasil. Como sabido, a saúde e o bem estar envolvem muitos fatores, como biológicos, sociais, econômicos e culturais e, por isso, requer a contribuição de diferentes disciplinas e profissionais para compreender e abordar as questões proposts de maneira abrangente e eficaz. O tratamento multidisciplinar que este curso estimula busca apoiar o trabalho em equipe, a troca de conhecimentos, perspectivas e habilidades para melhor compreender e abordar a relação entre saúde e direitos humanos.
O programa desenvolvido pela Plataforma Região e Redes teve cinco módulos indicados abaixo. Todas as aulas podem ser acessadas pelo canal da Plataforma Região e Redes no YouTube.
| aula | data | tema | docente |
|---|---|---|---|
| 1 | 15 de mar. | Reflexões do campo da gestão-subjetividade para um SUS mais justo e efetivo | Rosana Onocko (Unicamp e Abrasco) |
Módulo 1 – Direitos humanos: lutas e conquistas
| Aula | data | TEMA | docente |
|---|---|---|---|
| 2 | 22 de mar. | Direitos humanos: uma história em progresso | Néri de Barros Almeida (Unicamp) |
| 3 | 29 de mar. | Direitos humanos, bioética e meio ambiente | Néri de Barros Almeida (Unicamp) |
Módulo 2 – Direitos humanos e políticas públicas de saúde no Brasil
| Aula | data | TEMA | docente |
|---|---|---|---|
| 4 | 6 de abr. | Direitos humanos e saúde: reflexões e possibilidades de intervenção | Maria Helena Barros de Oliveira (Fiocruz) |
| 5 | 13 de abr. | O que são os direitos humanos: dignidade humana e justiça | Nair Teles (Fiocruz) |
| 6 | 20 de abr. | Constituições brasileiras e planos nacionais de proteção à pessoa humana | Nair Teles (Fiocruz) |
| 7 | 27 de abr. | Direitos humanos e a mulher | Nair Teles (Fiocruz) |
Módulo 3 – Direitos humanos e saúde de mulheres e meninas
| Aula | Data | Tema | Docente |
|---|---|---|---|
| 8 | 3 de mai. | Construção de novas abordagens à saúde da mulher na APS | Lilian Terra, Cathana Oliveira e Thais Dias (Unicamp) |
| 9 | 10 de mai. | Direitos sexuais e reprodutivos | Estela Aquino (UFBA) |
| 10 | 17 de mai | Violência obstétrica – A dor que cala | Rita Costa (Fiocruz) |
| 11 | 24 de mai | Violência dói e não é direito: uma vida sem violência contra a mulher | Lilia Blima (USP) |
| 12 | 31 de Mai | Saúde mental da mulher | Ana Carolina de Souza Pieretti (UFPE) |
| 13 | 7 de jun. | Saúde e desenvolvimento integral na primeira infância | Sonia Venâncio (USP) |
| 14 | 14 de jun. | Desafios na atenção ao público infanto-juvenil na APS | Felipe Guedes (Unicamp) |
| 15 | 21 de jun. | Exposição à violência e a articulação das redes de atenção à saúde da mulher | Carolina Con Andrade (Unicamp) |
Recesso
| Aula | data | TEMA | docente |
|---|---|---|---|
| 16 | 2 de ago. | Saúde indigena em perspectiva I | Roberta Aguiar Cerri (Fiocruz) |
| 17 | 9 de ago. | Saúde indígena em perspectiva II | Luiza Garnelo (Fiocruz) |
| 18 | 23 de ago. | Mulheres com deficiência: desafios à construção da integralidade em saúde | Stella Maris Nicolau (Unifesp) |
| 19 | 30 de ago. | Por um cuidado integral à saúde das mulheres negras | Cristiane dos Santos Silva (UFRB) |
| 20 | 6 de set. | Por um cuidado integral à saúde das mulheres negras | Cristiane dos Santos Silva (UFRB) |
| 21 | 13 de set. | O cuidado a mulher idosa em situação de vulnerabilidade | Robenia Mara Ribeiro (UFMG) |
Módulo 4 – Determinação social, econômico e ambiental de saúde
| Aula | data | TEMA | docente |
|---|---|---|---|
| 22 | 27 de set. | Por uma cultura dos direitos humanos nas escolas | Telma Vinhas (Unicamp) |
| 23 | 4 de out. | Saúde e um trabalho com dignidade | Marilane Teixeira (Unicamp) |
| 24 | 11 de out. | Saúde e segurança alimentar | Carolina da Silveira Bueno (Unicamp) |
| 25 | 18 de out. | A desigualdade, a saúde e os direitos humanos | Poliana Rebouças de Magalhães (Fiocruz) |
| 26 | 25 de out. | Oficina multidisciplinar de avaliação do curso | Plataforma Região e Redes |
| Conferência de encerramento | 9 de nov. | SUS, democracia e direitos humanos | Plataforma Região e Redes |
Certificado: Certificado final será entregues a quem tiver participado de 70% das atividades, ao vivo ou gravadas.
Pré-requisito: Ser profissional de saúde ou estudante de áreas ligadas ao cuidado, com formação média e superior.
Públicos: Agentes comunitários, estudantes da área da saúde, cuidadores, profissionais de enfermagem, fisioterapeutas, médicas (os) de saúde da família e comunidade, psicólogas (os) e assistentes sociais.
Plataforma: Google Meet – Ao vivo e YouTube, para vídeos gravados.