Região e Redes concluiu uma primeira grande etapa de trabalho. Entre os meses de abril e junho foram realizadas as oficinas metodológicas referentes às sete dimensões que compõem a pesquisa: Atenção Primária em Saúde (APS), Fluxos de Demanda e Estruturação da Oferta, Governança Regional de Saúde, Recursos Humanos, Redes de Atenção à Saúde, Incorporação de Tecnologias e Saúde Indígena.

As vinte instituições participantes da pesquisa estiveram representadas nas oficinas.  Além de relacionarem um referencial teórico pertinente ao tema, os pesquisadores definiram o escopo, o rol de entrevistados e as questões a serem debatidas em cada respectiva dimensão. Os relatórios com detalhamento que do será estudado estão arquivados por tema na área restrita do site, bem como a matriz resumo das oficinas (na pasta UGP – Unidade Gestora da Pesquisa).

Segue um resumo dos resultados de cada oficina:

Atenção Primária em Saúde – Caberá aos pesquisadores analisar o papel das APS enquanto coordenadoras das redes de atenção à saúde nas regiões e também a sua capacidade de articulação, em especial da Estratégia de Saúde da Família, com outras políticas e programas sociais. No rol de entrevistados constam médicos do segmento e da rede de cuidados, secretários municipais de saúde, coordenadores AB, usuários, conselhos de saúde etc.

Fluxos – Pretende apontar e analisar as barreiras de acesso aos serviços nas regiões de saúde, tanto do lado da oferta como da demanda, a partir das seguintes dimensões: acessibilidade geográfica, disponibilidade, viabilidade e aceitabilidade.  Sua pergunta-chave será: como a regionalização pode melhorar o acesso aos serviços de saúde? Em princípio, serão ouvidos gestores de saúde, usuários e não usuários.

Governança – A dimensão quer compreender e analisar a ação coletiva de governar condicionada pelas relações de dependência, interação e acordos estabelecidos entre os múltiplos atores que participam e influenciam a condução do sistema de saúde no território. Para isso, serão entrevistadas autoridades no âmbito da saúde, corporação médica e sociedade civil.

RH – O escopo dessa dimensão se relaciona à dinâmica territorial do trabalho médico. As entrevistas incluirão médicos, enfermeiros e cirurgiões dentistas.

Redes – Com foco nas redes de urgência e emergência, a dimensão irá avaliar o grau de autonomia/inter-relação dentro da região, os fatores ligados ao desempenho e as respostas às necessidades regionais.

Incorporação de tecnologias – A dimensão se propõe a definir os fatores que condicionam a incorporação tecnológica no plano regional.  Por exemplo, avaliar o reflexo da judicialização da saúde nesse campo está entre as várias vertentes definidas pelos pesquisadores. Serão ouvidos representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, entre vários outros atores.

Saúde indígena – Verificar a conformação das redes de referência para a saúde indígena ouvindo usuários dos serviços de saúde.

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