A Comissão da Universidade de Oslo para a Governança Global em Saúde sugere no estudo The political origins of health inequity: prospects for change a criação de uma plataforma de governança para a saúde que integre múltiplas partes interessadas (Multistakeholder Platform on Governance for Health). Essa plataforma funcionaria como um fórum para que o maior número de envolvidos apresentem questões, formulem agendas, avaliem e debatam projetos de políticas que possam afetar a saúde e a equidade em saúde.
Principais mensagens do estudo:
- É impossível combater as iniquidades em saúde entre os países (ou nos próprios países) exclusivamente pelo setor saúde. Soluções políticas globais são necessárias;
- Normas, políticas e práticas surgidas de interações transnacionais deveriam ser compreendidas como determinantes políticos da saúde que causam ou mantêm as iniquidades em saúde;
- Assimetrias de poder e normas sociais globais limitam o leque de escolhas e restringem ações de combate à iniquidade em saúde; essas limitações são reforçadas por disfunções sistêmicas na governança global e demandam vigilância em todas as arenas políticas;
- Avanços no combate às iniquidades em saúde e no controle das forças políticas prejudiciais à saúde deveriam ser monitorados de forma independente;
- Estados e outras partes interessadas não estatais participantes de políticas globais devem estar mais bem conectados para estabelecer um diálogo transparente no que tange processos decisórios que afetam a saúde;
- A governança global para a saúde deve estar ancorada em compromissos com a solidariedade global e a responsabilidade compartilhada. Desenvolvimento sustentável e saudável para todos requer a existência de um sistema econômico e político global.
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