No 3º Seminário 2022 da Rede APS teve como tema: “Avaliação e Monitoramento da ESF: desafios frente ao desmonte dos Sistemas de Informação”, transmitido pelo canal da TV Abrasco, participaram o coordenador Prof. Fúlvio Nedel (UFSC) e as apresentações ficaram sob responsabilidade do Prof. Luiz Augusto Facchini (Rede APS, UFPEL), Ilara H. de Moraes (ENSP/Fiocruz) e Nereu Henrique Mansano (CONASS).
A apresentação do Luiz Augusto Facchini listou as diferenças e convergências entre os termos Monitoramento e Avaliação. O professor também apresentou um modelo conceitual de avaliação de políticas de saúde já publicado em periódico, além de alguns resultados dos ciclos do PMAQ publicados em um e-book lançado no ano passado. O e-book pode ser consultado clicando aqui.
A professora Ilara Hämmerli Sozzi de Moraes trouxe uma pergunta respondida e discutida ao longo da sua apresentação: “Como está ocorrendo o processo de incorporação da Informação e Tecnologia da Informação em Saúde (ITIS) no SUS, em especial iniciativas associadas à nova PNISS, à Estratégia de Saúde Digital para o Brasil 2020-28 (ESD28), à RNDS e ConecteSUS, e denominações como Saúde Digital, Telessaúde no contexto brasileiro?”.
Ilara afirma que o desmonte dos SIS é um crime de lesa-pátria e lesa-humanidade contra um patrimônio da sociedade brasileira – um bem público – a partir da opção por privilegiar interesses do CEITI, das operadoras de planos de saúde, do CEIS (inclui pseudo inovação via startups) e de um governo das sombras e também da opacidade.
Nereu Henrique Mansano apresentou sobre os “Desafios para a Estratégia de saúde digital no Brasil: a visão da gestão estadual do SUS”, onde abordou sobre a situação da informação como subsídio essencial para uma gestação com base em evidências, continuidade do cuidado, perspectivas para o futuro e a estratégia de e-saúde/saúde digital para o Brasil. Inicialmente, o apresentador deu destaque para a Nota Técnica CONASS 20/2011 sobre Câmara Técnica de Informação e Informática em Saúde (CTIIS) que pode ser acessada clicando aqui.
Além disso, elencou as setes prioridades da Estratégia de Saúde Digital para o Brasil (2020-28) que são: 1 – governança e liderança para a ESD; 2 – informatização dos três níveis de atenção; 3 – suporte à melhoria da atenção à saúde; 4 – o usuário como protagonista; 5 – formação e capacitação de recursos humanos; 6 – ambiente de interconectividade e 7 – ecossistema de inovação.